A 21ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) revelou sua programação principal, que ocorrerá de 22 a 26 de novembro, com uma variedade de eventos na Praça da Matriz. Este ano, a Flip presta homenagem à autora e jornalista Patrícia Rehder Galvão, conhecida como Pagu. Sua trajetória é um exemplo inspirador de dedicação à literatura e à liberdade de expressão no Brasil. Em 1933, Patrícia publicou o livro “Parque Industrial” sob o pseudônimo de Mara Lobo, seguindo orientações do partido comunista, o que o tornou o primeiro romance proletário brasileiro.
A Flip, ou Festa Literária Internacional de Paraty, está prestes a encantar mais uma vez os amantes da literatura. Com uma programação repleta de escritores renomados e novos talentos, o evento promete ser um verdadeiro mergulho na diversidade da literatura contemporânea. Vamos dar uma olhada na programação da Flip 2023, destacando alguns dos eventos mais esperados:
Quarta-feira, 22 de Novembro
19h – Mesa 1: A mulher do povo
- David Jackson
- Adriana Armony
- Mediação por Eneida Leal Cunha
Nesta mesa, renomados autores se reúnem para iluminar a contribuição estética de Patrícia Rehder Galvão, a Pagu, para as mais variadas linguagens artísticas, bem como seu ativismo político que ecoa em toda a sua obra. Este bate-papo destaca a importância de Pagu em seu tempo e o legado que deixou para as gerações seguintes.
21h – Show de Abertura: Adriana Calcanhotto
- Participação especial de Cid Campos
Quinta-feira, 23 de Novembro
10h – Mesa 2: Um teatro, um precipício
- Flora Sussekind
- Marion Aubert
- Mediação por Natalia Brizuela
Nesta mesa com apoio do Consulado Francês, as autoras exploram as potencialidades da linguagem do teatro e da crítica literária, enquanto também reimaginam a obra de Pagu, que também contribuiu para essas artes.
12h – Mesa 3: Já não agia por minha conta
- Socorro Acioli
- Felipe Charbel
- Leda Cartum
- Mediação por Rita Palmeira
Neste painel, história, memória e cotidiano se entrelaçam na produção desses autores, lançando luz sobre a forma como eventos íntimos, históricos e ficcionais são narrados e como as formas literárias se adaptam à contemporaneidade.
13h15 – Performance 1
15h – Mesa 4: Um quarto meio escuro
- Mónica Ojeda
- Alana Portero
- Mediação por Stephanie Borges
As sombras, dramaturgias e narrativas polifônicas se entrelaçam na obra de Mónica Ojeda e Alana Portero. Eles nos contam como utilizam a literatura para criar novos significados para a vida e o mundo.
17h – Mesa 5: Digamos que seja a lua nova
- Manuel Mutimucuio
- Tatiana Pequeno
- Mediação por Nanni Rios
Autores de diferentes países se reúnem para dialogar a partir de suas perspectivas linguísticas e culturais únicas. Eles exploram como a linguagem pode ser uma ferramenta de luta, revelando a poesia, sutileza, humor e emoção que podem surgir desses encontros.
19h – Mesa 6: As suas nebulosidades
- Dionne Brand
- Angélica Freitas
- Mediação por Jamille Pinheiro Dias
Neste encontro, duas poetas elaboram projetos estéticos abrangentes, explorando o feminismo e repensando o conceito de pertencimento na poesia contemporânea.
20h45 – Mesa 7: Lembranças de todas as coisas ocorridas
- Sinéad Gleeson
- Natalia Timerman
- Mediação por Rita Palmeira
Duas autoras nos convidam para explorar o ensaísmo e a ficção a partir da intimidade e do impacto das relações, incorporando o mundo e múltiplos universos explorados na ficção e no pensamento das mulheres.
22h – Performance 2
Sexta-feira, 24 de Novembro
10h – Mesa 8: Uma prisão mortal
- Joice Berth
- Denise Carrascosa
- Manuela d’Ávila
- Mediação por Adriana Ferreira Silva
As sombras, os interditos, as violências urbanas, os feminismos e o encarceramento inspiram o pensamento dessas autoras, que humanizam os espaços urbanos mais vulneráveis.
12h – Mesa 9: Bate ainda o coração da cidade devastada
- Marcial Gala
- Luiza Romão
- Mediação por Pedro Meira Monteiro
Estas duas vozes originais e criativas compartilham suas leituras da tradição literária ocidental, questionando o impacto das leituras dos clássicos na ficção contemporânea.
13h15 – Performance 3
15h – Mesa 10: Terra de fumaça descoberta pela guerra de nossos dias
- Ilya Kaminsky
- Bruna Beber
- Jorge Augusto
- Mediação por Patrícia Lino
Poetas que desenham novas paisagens, explorando a poesia política e universal em sua produção, convidando-nos a refletir sobre a vida que vivemos e a que poderíamos viver em um mundo diferente.
17h – Mesa 11: Contra a mentalidade decadente
- Akwaeke Emezi
- Carla Akotirene
- Mediação por Maria Carolina Casati
A partir de diferentes perspectivas, esses autores reimaginam a ancestralidade, tradições afrodiaspóricas e pertencimento, recriando passado, presente e futuro.
19h – Mesa 12: As suas nervuras
- Laura Wittner
- Eliane Marques
- Lubi Prates
- Mediação por Patrícia Lino
Essas autoras articulam a linguagem poética para refletir sobre o senso comum, o passado e o encontro da palavra com a própria existência, recriando o cotidiano na poesia, na ficção e na tradução.
Sexta-feira, 24 de Novembro
20h45 – Mesa 13: Venha com um nome de família
- Nora Krug
- José Henrique Bortoluci
- Mediação por Gabriela Mayer
Nesta mesa, Nora Krug e José Henrique Bortoluci exploram a investigação, a memória, o afeto e a inventividade presentes em suas obras. Eles compartilham o caminho que os levou ao reencontro com suas raízes e as narrativas que criaram a partir dessas buscas familiares e afetivas.
22h – Performance 4
Sábado, 25 de Novembro
10h – Mesa 14: Alguém telegrafa para o mundo pedindo atenção
- Gustavo Caboco
- Marília Garcia
- Maria Dolores Rodriguez
- Mediação por Natalia Brizuela
Nesta mesa, os artistas exploram a dor, a memória, a criação e as geografias em suas obras, criando paisagens poéticas sensíveis e abordagens que desdobram em múltiplos fios de memória. Em diálogo, essas escritas instigam novas formas de ver e sentir o mundo.
12h – Mesa 15 (Artista em destaque: Augusto de Campos): Sou um canal
- André Vallias
- Ricardo Aleixo
- Simone Homem de Mello
- Mediação por Marina Wisnik
- Participação de Augusto de Campos (via Zoom e/ou gravação)
Neste encontro que celebra a obra do Artista em Destaque da FLIP 2023, Augusto de Campos, essas vozes refletem sobre como suas obras se relacionam com a marcante produção do poeta, crítico e tradutor.
15h – Mesa 16: O meu primeiro amor que acabou com o segundo
- Kelefa Sanneh
- Mediação por Adriana Couto
A música compõe nosso cotidiano e ajuda a preservar muitas de nossas memórias. Nesta mesa, o jornalista Kelefa Sanneh compartilha sua percepção sobre a crítica musical, exercendo seu conhecimento, agilidade, espirituosidade e humor.
17h – Mesa 17: Os passarinhos se escondem dos homens
- Monique Roffey
- Colombe Schneck
- Mediação por Anabela Mota Ribeiro
- Apoio do Consulado Francês
Nesta mesa, duas autoras exploram memória, história e conflitos de seus países, influenciando e determinando os destinos das personagens em suas obras.
19h – Mesa 18: Vocês servirão de lenha para a fogueira transformadora
- Christina Sharpe
- Leda Maria Martins
- Mediação por Jamille Pinheiro Dias
Duas pensadoras que exploram a potência da arte negra se reúnem para celebrar a criação estética, a vida e a imaginação.
20h30 – Performances 6 e 7
Domingo, 26 de Novembro
10h – Mesa 19: Só então pude falar (Zé Kleber)
- Itamar Vieira Jr.
- Miriam Esposito
- Glicéria Tupinambá
- Mediação por Adriana Ferreira Silva
Educação, ancestralidade, cultura popular, oralidade e saberes são o ponto de partida para as produções desses autores, que transformam vidas. Com diferentes abordagens e perspectivas, eles celebram comunidades marginalizadas.
12h – Mesa 20: Livro de cabeceira
- Autoras e autores do programa principal leem trechos de suas obras preferidas